Já existe um novo papa na Igreja Católica. A emissão de fumaça branca da chaminé da Capela Sistina às 13h08 (horário de Brasília) desta quinta-feira (8), após o quarto escrutínio, ratificou a seleção do sucessor de Francisco pelos 133 cardeais presentes no conclave desde a quarta-feira. Milhares de devotos que assistiam à votação na Praça de São Pedro festejaram o sinal, sinalizando que o novo papa foi escolhido com pelo menos dois terços dos votos e aceitou o posto. Em breve, o anúncio do nome do 267o papa da Igreja Católica será feito no balcão da Basílica de São Pedro, durante o rito tradicional do Habemus Papam.

Antes de ser anunciado, o cardeal eleito cumpre um ritual: é levado a um cômodo separado para vestir as vestimentas papais adequadas ao seu tamanho. Posteriormente, o cardeal protodiácono, no momento o francês Dominique Mamberti, 73, pronunciará a famosa expressão latina: "Annuncio vobis gaudium magnum". "Habemus Papam" ("Comunico-vos uma imensa felicidade.") Existe um papa”). Posteriormente, Mamberti irá revelar o nome do cardeal escolhido e o nome papal que ele escolherá. A previsão é que o anúncio seja feito em cerca de uma hora.

O procedimento do conclave obedece a normas estabelecidas há séculos, que sofreram alterações ao longo dos anos. A prática da votação em recinto fechado foi instituída no século 13, após o mais extenso conclave da história, que se estendeu por quase três anos. Até o começo do século 20, os monarcas católicos mantinham influência na seleção do papa, possuindo o poder de veto, que foi eliminado em 1903.

Sete cardeais brasileiros participaram deste conclave: Paulo Cezar Costa, Jaime Spengler, Sérgio da Rocha, Leonardo Steiner, Orani Tempesta e João Braz de Aviz. Por ter mais de 80 anos, o cardeal Raymundo Damasceno Assis foi impedido de votar. O novo pontífice será o guia espiritual de aproximadamente 1,4 bilhão de fiéis católicos globalmente.